segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Como driblar o ATS, o algoritmo obstruindo seu currículo.



Sabia que – em média – você tem seis segundos para agarrar a atenção do recrutador antes de seu currículo acabar na pilha dos rejeitados? Por isso que é tão importante ter um CV bem formatado e sucinto.

Mas espera aí, tem mais. Hoje em dia, é bem provável que seu currículo nem está sendo visualizado por olhos humanos antes de ser descartado. Tem um robozinho avaliando seu histórico profissional.

Em inglês, esses algoritmos se chamam Applicant Tracking Systems (ATS) ou Sistemas de Rastreamento de Candidatos e a maioria das grandes empresas utiliza-os para fazer uma triagem dos currículos antes de envia-los para seu RH. Toda vez que fizer o upload do seu CV em um site de empresas ou portal de empregos, você primeiro vai ter que enfrentar os olhos críticos de uma máquina.

Confira aqui algumas dicas para driblar esse exterminador de entrevistas de emprego.


1. Mantenha a formatação simples 
Talvez queira demonstrar toda sua criatividade e individualidade ao seu futuro empregador, mas o ATS gosta é de simplicidade. Nada de logos, fotos ou imagens, símbolos ou fontes fora do comum. Tudo isso só vai confundir o pobre robozinho. E quando o robozinho fica confuso, seu currículo é rejeitado.

Além disso, quando se trata dos tópicos do seu currículo, não reinvente a roda! Use somente os títulos familiares como Qualificações Profissionais, Formação, Experiencia Profissional, etc. O sistema ATS não vai saber categorizar as informações em itens como “Publicações” ou “Organizações” e vai simplesmente desconsidera-los em sua avaliação.

E por fim, envie seu currículo em Word em vez de PDF. Os sistemas ATS mais antigos têm alguma dificuldade em processar as informações neste último formato.

2. Acerte as palavras chave 
Cada área de atuação tem sua gíria: um conjunto de habilidades, responsabilidades, técnicas e tecnologias associadas com o bom desempenho de uma determinada função. Nosso robozinho vai estar a procura dessas palavras, faça com que ele as encontre!
  • Copie as palavras chave da descrição do cargo da vaga. É bem provável que essas palavras sejam as mesmas que o recrutador programou no ATS para pescar seu “Gerente de TI Ágil”, por exemplo.
  • Utilize serviços como Wordle e TagCrowd para descobrir as palavras importantes em sua área de atuação. Alimente estas ferramentas com as descrições de cargo de sua área para visualizar uma nuvem de palavras relevantes e utilize-as no seu currículo.
  • Use sempre o sigla e o termo completo. Ou seja, não escreva “CEP”. Também não “Controle Estatístico de Processos”. Mas “CEP (Controle Estatístico de Processos)”.
Agora preste atenção: não exagere. Lembre se que depois do robô, seu currículo vai ter que passar a avaliação de um ser humano. Uma lista entediante de palavras chave só vai atrapalhar nessa etapa.

3. Esqueça o tópico Objetivo
A seção “objetivo” é um desperdício de espaço valioso. É obvio que quer trabalhar na Gestão de Projetos se você acaba de se candidatar para uma vaga de Gerente de Projetos.

Use esse espaço para um resumo executivo. Uma seção de no máximo dois parágrafos descrevendo seus resultados, suas competências e suas experiências. E aproveite para utilizar as palavras chave que o ATS tanto gosta.

4. Salve seu Currículo como “Texto sem Formatação”
Existe um teste simples para saber se seu currículo está causando problemas para o ATS: salve-o como “texto sem formatação”. Se a versão sem formatação omitir detalhes, tiver caracteres salvos incorretamente ou parecer desorganizada (ou seja, o tópico "Educação" aparece no meio da sua experiência de trabalho), então pode ter certeza que seu currículo precisá ser editado antes de ser compatível com um ATS.

É isso aí. A ascensão das maquinas chegou. Mas com um pouco de atenção, podemos fazer os robôs trabalharem ao nosso favor.

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