terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Seu currículo salta da página?

Você se esforçou para listar todas as habilidades que possui. Não deixou uma experiência, uma responsabilidade de fora. Você explicou que é dinâmico, proativo, focado em resultados e tudo mais. Este é, com certeza, seu currículo mais completo.

Você manda sua obra suada para 100 vagas de emprego e... ...nada!

Quer dizer, nada não. Você recebe algumas respostas que começam mais ou menos assim: “Agradecemos sua participação, mas...”

Poucas coisas são mais frustrantes na caça a um novo emprego.

Será que faltou alguma coisa? Será que precisa colocar referencias profissionais? Será que precisa explicar que é realmente um cara legal?

Não!

A explicação mais provável é que seu CV tem é informação demais. O recrutador deu uma olhada na sua obra enciclopédica, viu a pilha de 1000 outros CVs e pensou: “sabe o que, tá na hora do almoço”.

Nas minhas traduções, me deparo frequentemente com currículos que pecam pelo excesso. Além disso, estão cheios de chavões corporativos e aquelas frases que não terminam nunca: “Experiência na área de marketing, sendo responsável pelo planejamento estratégico, conduzindo projetos..., liderando times..., controlando custos..., elaborando relatórios..., criando campanhas..., etc.”

Parecem ter saído de uma fábrica de gerúndios e particípios.

Um currículo é seu cartão de visitas! Não deve ser exaustivo, nem igual a todos os outros. Isso sim é a receita certa para dar sono no pobre analista do RH.

Um currículo deve demonstrar suas habilidades e experiências de forma sucinta. Desde que mantenha esta regra em mente, não há perigo em inovar no estilo, de colocar um pouco de sua personalidade no documento. Porque é assim que vai conseguir a atenção daquele recrutador sonolento. 

Quer um pouco de inspiração? Então vão aí alguns formatos de CVs absolutamente inovadores que saltam da página:







segunda-feira, 2 de julho de 2012

Se beber, não dirija! peça carona a Google

Conhecem a lei de Moore? Ela dita que a cada 2 anos, o poder de computação de nossos chips dobra. É por causa dela que hoje carregamos um computador no bolso que há 50 anos ocupava um andar de prédio. Nossas máquinas estão cada vez mais sofisticadas.

E seu iPhone ainda não é nada, prepare-se para uma verdadeira enxurrada de maravilhas tecnológicas que vem por aí.

Quer um exemplo? A Google já esta há alguns anos envolvida com carros. Isso mesmo, carros.

Assista este vídeo demonstrando este pequeno milagre tecnológico e contemple esta informação relacionada: O município de Las Vegas aprovou recentemente uma lei que permite carros sem motoristas nas ruas.


terça-feira, 26 de junho de 2012

Os melhores países para estudar fora

Ter alguma experiência no exterior é uma grande vantagem para quem procura um bom emprego. E existe maneira melhor para adquirir essa experiência internacional do que um curso fora do Brasil?

Então, qual seria o melhor país para tirar aquele MBA executivo? Para fazer aquele curso de extensão?

É importante escolher um país com uma sólida reputação acadêmica. Querendo ou não, um curso nos Estados Unidos vai ter mais cacife que um na Guatemala, por exemplo.

Para ajuda-lo nesta escolha, apresento uma pequena lista com os países com as mais fortes instituições universitárias, baseado na lista das 100 melhores universidades do mundo da Times Higher Education:

  1. Estados Unidos (44 citações)
  2. Reino Unido (10 citações)
  3. Holanda e Japão (5 citações)
  4. Austrália, França e Alemanha (4 citações)
  5. Hong Kong, Suécia, Canadá e Suíça (3 citações)
  6. Singapura, Côrrea do Sul, China e Israel (2 citações)
  7. Bélgica, Turquia, Taiwan e, com a USP, Brasil (1 citação)

Agora é só encontrar a instituição com o melhor custo benefício. Boa sorte!

quarta-feira, 30 de maio de 2012

O QUE SÃO SuperPACs

O Center for Responsive Politics prevê que, antes de novembro, serão gastos 6 bilhões de dólares pelas diversas campanhas nas eleições americanas.

Este valor astronômico se deve em grande parte a uma decisão da Suprema Corte Americana, permitindo contribuições ilimitadas para campanhas políticas.

A decisão criou uma situação bizarra, pois ainda existe uma regra proibindo contribuições diretas de empresas à candidatos.

Ou seja, organizações podem contribuir ilimitadamente, mas não diretamente ao candidato que apoiam.

O que fazer?

Simples, apoiando uma causa política.

Assim surgiram os chamados SuperPACs. PAC, na sigla em inglês, significa Comitê de Ação Política e eles são mesmo Super, pois podem aceitar contribuições ilimitadas.

E para estes SuperPACs não existe causa melhor do que destruir a imagem do oponente de seu candidato.

Tom Toles, o cartunista do Washington Post, ilustra bem seus sentimentos com a chegada das eleições presidenciais em seu país:


sexta-feira, 25 de maio de 2012

Empresas perdem exigindo demais de funcionários

Sempre me surpreendi com as relações de trabalho no Brasil, tanto com o abuso imposto pelos empregadores, como com a resignação da grande maioria dos funcionários.

Trabalhar até à meia noite sem receber hora extra? Normal.

O final de semana também? Por que não?

Uma carga de trabalho absurda sob a constante ameaça de demissão? De praxe.

O pensamento vigente parece ser: se você não quiser, tem quem queira.

E quem ganha espremendo o funcionário até o bagaço? A empresa?

Muito ao contrario! No livro Wellbeing: The Five Essential Elements (Bem estar, os cinco elementos essenciais) dois pesquisadores da Gallup comprovam que maltratar os funcionários prejudica o resultado da empresa.

Empresas com funcionários infelizes e estressados têm custos muito mais elevados com saúde e faltas, dificuldades em atrair e manter talentos e uma produtividade inferior. Maltratar funcionários, portanto, prejudica o resultado das empresas.

O livro deveria ser leitura obrigatória de todo executivo em posição de liderança no Brasil. Quem sabe eles abraçam a ideia e largam o chicote.

(Leia aqui a entrevista em inglês com os autores)

sábado, 12 de maio de 2012

RENASCENÇA 2.0

Quem Galileu procurava para conselhos? Onde ele encontrava inspiração para dar sentido às estranhas trajetórias orbitais que ele observava? No século 16 havia poucos gigantes da Ciência nos ombros dos quais ele pudesse se apoiar e a maioria estava morta e enterrada. Além disso, eu estou bem seguro, a biblioteca da Universidade de Pádua não tinha uma conexão de internet.

Mesmo assim, somente pela observação meticulosa e o raciocínio frio, o astrônomo e matemático italiano mudou para sempre a visão do mundo de toda a humanidade e, como bônus adicional, conseguiu enfurecer um bando de fundamentalistas. Isso é o que um homem dedicado pode fazer através da aplicação cuidadosa do método científico.

Agora imagine centenas, milhares, não, milhões de Galileus vivendo ao mesmo tempo, trocando e debatendo ideias, atacando problemas diferentes através de métodos semelhantes e vice-versa, inspirando um ao outro, competindo e cooperando.

Este é o mundo em que vivemos, hoje!

Só no Brasil há um exército de pesquisadores se dedicando à ciência. Eu sei porque todo mês corrijo o inglês de artigos científicos das áreas mais diversas: Nanotecnologia, Biologia, Genética, Medicina, Engenharia.

É o poder da razão humana multiplicado. Um poder verdadeiramente imponente, às vezes até um pouco assustador.

Considere, por exemplo, o campo da neurociência. Atualmente, dezenas de milhares de pesquisadores em todo o mundo estão seguindo centenas de caminhos diferentes com um único objetivo: compreender o funcionamento do cérebro humano. Eles estão escaneando o conteúdo de nossos crânios com instrumentos cada vez mais sofisticados, eles estão cultivando neurônios em placas de Petri, eles estão conectando cérebros de animais a robôs, eles estão construindo modelos computadorizados de regiões específicas do cérebro, etc, etc. Quando um caminho chega a um impasse, outro força um grande avanço. O ímpeto coletivo é esmagador, imparável.

Galileu, Da Vinci e alguns poucos cientistas e artistas espalhados pela Europa medieval nos libertaram da idade das trevas. Nossa própria Renascença, porém, promete ser muito mais profunda.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Os 3 erros mais comuns em currículos

Já li muita coisa estranha nestes longos anos traduzindo currículos para o inglês, incluindo um cidadão que achou adequado listar todos os cachorros que já possuiu. Porque isto seria relevante para um cargo na área de logística, continua sendo um daqueles grandes mistérios da vida.

Porém, além dessas bizarrices pontuais, existem alguns erros que se repetem com tanta frequência nos CVs, que resolvi fazer uma pequena lista de coisas a evitar:

1 EVITE QUALIFICAÇÕES SUBJETIVAS

Você é flexível e dinâmico, focado em resultados e comprometido e - outro clássico - proativo? Parabéns amigo, é só você e a torcida do Corinthians.

Recrutadores estão cansados de ler estas qualificações subjetivas e elas contribuem pouco ou nada a seu currículo. Em um currículo, o importante não são as qualidades que você acha que possui, mas as qualidades que você pode demonstrar baseado nas suas experiências e seus resultados.

Da próxima vez, portanto, que você sentir o impulso de escrever que você tem ótimo relacionamento interpessoal – o maior chavão de CVs hoje em dia – pare e reflita:

Por que eu tenho um ótimo relacionamento interpessoal? Qual experiência ou resultado no meu histórico demonstra está habilidade?

É a resposta concreta, e não a qualificação subjetiva, que você deve colocar no seu currículo:

Não diga  "sou dinâmico", mas: "trabalhei em vários departamentos de empresas multinacionais e nacionais".

Não diga "tenho bom relacionamento interpessoal", mas: "gerenciei times heterodoxos".


2. SEJA CLARO E CURTO

Gente, é um currículo e não uma obra enciclopédica sobre sua vida. Se seu currículo tem mais de três paginas, ele está longo demais.

Corte informação irrelevante, como hobbies e interesses, sua escola de segundo grau ou creche (sério, tem gente que coloca).

Não repita informações. Se você já escreveu que você gerenciou uma equipe de engenheiros no item “qualificações”, não precisa repetir isso mais dez vezes no seu histórico profissional.

Use frases curtas. Não abuse do particípio e do gerúndio.

3. EVITE JARGÃO

Essa dica é voltada especialmente para nossos amigos da engenharia e da TI. 

Você pode achar que a seguinte frase é compreensível: “gestor PMO implementando práticas PMBOK, com foco nos KPIs em projetos de TI usando C/C++ em um ambiente LINUX”.

A maioria, porém, se sente totalmente perdida diante desta sopa de letras. Por favor, explique o que você faz em língua de gente, para nós, pobres mortais!